quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Correio - Uma nova proposta de jornalismo


Na redação do jornal Correio, fomos ciceroneados ao ofício, exaustivo e prazeroso, de colocar diariamente nas ruas um dos mais recentes sucessos comerciais da imprensa baiana pelo Secretário de Redação do veículo de comunicação, Paulo Leandro. Lançado em 1979 com uma proposta inovadora, como fez questão de salientar Leandro, o Correio da Bahia, como assim era chamado em seu surgimento, era um jornal com um fortemente apoiado em uma vertente da política baiana. "Defendia suas ideias, embora nem todos concordassem, mas tinha muitos que concordavam", diz Leandro. Em função dessa veia política dos seus primeiros anos, o Correio da Bahia passou por uma estagnação e em 1991 sofreu a sua primeira reformulação de conteúdo, trazendo como um dos principais carros-chefe dessa mudança, a seção cultural, que atingiu intelectuais e o público mais jovem, apesar das resistências que o jornal ainda enfrentava quando o assunto era sua cobertura política. No período pós-ACM (Antônio Carlos Magalhães), principal acionista do grupo, já falecido, o jornal, segundo Paulo Leandro, repensou sua linha editorial e voltou-se para as metas de mercado, esse seria o principal interesse e guia do grupo de profissionais à frente do Correio. Aliando textos despojados, conteúdo de interesse público e o baixo valor das edições, o Correio da Bahia mudou o nome, passando a ser chamado simplesmente de Correio, apelido carinhoso pelo qual já era conhecido desde seu surgimento, e passou a ser uma das principais referências no mercado da imprensa baiana. Adaptando-se às novas exigências de mercado, o Correio conquistou uma fatia do público já desinteressada no habito diário de ler periódicos impressos, uma fatia que já não enxergava na mídia impressa uma forma interessante e ágil de se obter informações em função do dinamismo e da linguagem com as quais as mesmas informações são obtidas através da televisão e da internet. O Correio reacendeu esse interesse e por isso ocupa hoje um lugar de destaque na história da imprensa baiana, rivalizando em vendas e na preferência do público com um dos principais veículos impressos do Estado e líder de vendas há anos, o jornal A Tarde. 

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